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Archive for the ‘Neuroteologia’ Category

Meditação para o cérebro e coração

Meditação, o que é meditação? Confesso que ainda tenho minhas dúvidas pois não sou praticamente desta arte. Mas depois do que eu fiquei sabendo me deu vontade de correr atrás disso.

A meditação pode estar relacionada com o aumento de substância cinzenta no cérebro (regiões que contêm os corpos neuronais), aumenta o sistema imune, reduz o estresse e promove um bem-estar.

Um estudo feito por Richard Davidson (Universidade de Wisconsin) concluíram que pessoas que meditam conseguem detectar estímulos de “mudança rápida”, como uma expressão facial que pode ter algum significado emocional. O estato de atenção do nosso cérebro pode mudar, podemos ficar mais atentos se praticarmos a meditação. Isso quer dizer que o nosso cérebro pode se adaptar, aprender ou melhorar habilidades com o treinamento.

E uma das coisas mais interessantes é que a meditação faz bem para o coração! Ela pode diminuir a pressão sanguínea, diminuir casos de infarto do miocárdio e auxiliar na desobstrução vascular.  Após analisar 200 pacientes que tinham arterosclerose. Após 5 anos de estudo, os pesquisadores concluíram que os pacientes que meditaram reduziram o risco de ataque cardíaco, acidente vascular encefálico e morte em comparação com aqueles que receberam apenas uma dieta nutritiva e orientações para uma vida saudável. Os pacientes que meditaram permaneceram mais tempo ser contrair alguma doença, reduziram o estresse e diminuíram a sua pressão sanguínea em 5mmHg.

Hölzel, concluiu que houve aumento de matéria cinzenta no cérebro de voluntários após 8 semanas de treinamento na meditação. Uma das regiões onde se tem aumenta a matéria cinzenta é no hipocampo, cerebelo e outras regiões de extrema importância para o ser humano.

A meditação é fácil de aprender e de praticar, não precisa de qualquer tipo de educação prévia e não tem complicações para o organismo! Vamos praticar?

 

Pra quem quiser saber mais: aqui e aqui.

 

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O gene de Deus

O pesquisador Dean Hamer, do Departamento sobre a Estrutura do Gene do Instituto do Câncer, realizou uma pesquisa na qual participaram 1.000 voluntários. Eles se submeteram a um teste que analizava a personalidade, na qual as medidas avaliadas eram: capacidade de esquecer de si mesmo (entregar-se de maneira intensa e profunda a uma experiência), identificação transpessoal (sentimento de estar interligado com o universo), misticismo (crer em fatos não demonstráveis). Esses aspectos constituem os que mais se aproximam de uma definição padronizável de espiritualidade. Os participantes foram classificados em uma escala de transcendência, dos menos aos mais espirituais.

O biólogo analisou a expressão de 9 genes, relacionados à produção de neurotransmissores das emoções (serotonina, adrenalina, dopamina). Ele conclui que há um gene relacionado à produção desses neurotransmissores que é mais expresso nas pessoas mais espirituais.

Será que encontramos o gene de Deus?

fonte: Mente e Cérebro

 

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Penso, logo creio

Sei que o tema pode ser muito controverso mas a minha intenção aqui não é discutir se Deus existe ou não, apenas colocar algumas pesquisas relacionadas com neuroteologia. Vou deixar as minhas opiniões de lado.

A edição número 1 de Grandes Temas Mente e Cérebro de 2011 trás um tema bem polêmico. Nesta edição os jornalistas reúnem pesquisas realizadas no mundo todo com pessoas de muita fé na tentativa de mapear as atividades cerebrais enquanto essas pessoas vivenciam momentos de contato com a divindade, rituais, entre outros.

Os cientistas estão procurando o “módulo de Deus”, uma zona do cérebro que tenha a função relacionada com experiências místicas. Será que por trás das experiências religiosas estaria um processo cognitivo… algo do tipo: Penso, logo creio?

Nina Azari, da Universidade de Heinrich e Heine na Alemanha, solicitou para que voluntários ateus e cristãos que lessem e relessem o Salmo 23, quadrinha infantil e instruções para uso de um cartão telefônico. O resultado mostrou que os ateus reagiram de forma emocional quando liam a quadrinha infantil (elevação da atividade do sistema límbico), região essa que é responsável pelo nosso emocional. Para os cristãos ler e rele este texto proporcionou menor prazer. No entanto, ao repetir o Salmo 23, áreas bem diferentes dos cérebros dos cristão foram ativadas, o que a pesquisadora chamou de “estado religioso”. São elas: porção frontoparietal do córtex cerebral.

Michael Persinger, da Universidade Lauretian no Canadá criou o “capacete divino”. Este capacete é responsável por fazer estimulação magnética no logo temporal. Posteriormente os voluntários registraram o que viveram em linguagem religiosa tradicional.

Andrew Newberg e Eugene d’Aquili, Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia, quiseram fixar o instantâneo momento da transcendência mística. Um zen-budista voluntário puxou uma corda quando atingisse o ápice espiritual da sua meditação. Quando ocorreu isso, uma comprida mangueira injetava uma substância levenemte radioativa na corrente sanguínea do voluntário. Essa substância é capaz de se depositar nas células cerebrais e permenacer por horas. Por ressonância magnética os pesquisadores puderam avaliar regiões com menor e maior grau de sinal radioativo. No início da meditação houve grande atividade no lobo parietal (local que orienta o indivíduo no espaço físico). Porém, no ápice da meditação, a atividade nesta região cerebral caiu drasticamente. O mesmo experimento foi realizado com outras pessoas de outras crenças e os resultados foram semelhantes. A conclusão deste fato é que ocorre um momento em que o campo de orientação se faz cego. Isso pode ser uma explicação para o que os místicos dizem com “estar ligado de forma indissolúvel à totalidade da Criação”.

Para conferir mais pesquisas relacionadas veja em: Grandes Temas Mente e Cérebro.

 

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